sábado, 26 de fevereiro de 2011

Do tempo!

Quinta, 24 de fevereiro de 2001.

A aposta rasga o conceito de tempo, o tempo foi inventado para cristalizar a vida, sei que tudo isso pode parecer um paradoxo, mas o paradoxo é a premissa primeira da vida, é um íntimo êxtimo do ouro que reluz no quintal do real e que não sendo passível de ser colocado nas prateleiras do supermercado desconstrói a lei dos bens de consumo e da reciprocidade. Aqui só cabe a oferta! Nada mais...aliás, tudo mais...isso é muito e foi muito bem nomeado no encontro, nossa querida Maria Helena que o diga.
A possibilidade está no vacilo da Matrix, quando o gato preto aparece duas vezes, lá está o analista no crepúsculo do bom senso ordenado pela violência de espelho do imaginário.
Não faz bem quem confia no espelho, é para ser atravessado, é do outro lado dele que se olha a vida, muita além de vê-la enquanto fenômeno de visão.
            Se a engrenagem inventou o tempo para a vida permanecer intacta, a psicanálise vislumbrou a aposta, Lobão acertou que o talvez “talvez” torne a vida um pouco mais atraente.



         Portanto não há cura, sintoma refina até virar diamante e do desejo só se dá notícia posteriormente, muito para quem ainda se alicerça no paradigma pobre newtoniano da ação e reação, pobre paradigma da reciprocidade!
                                                                           Thiago Paiva

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